Os meus alunos reflectem parte 4 – Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Portugal

Por Raquel Costa
Jun 5th, 2020

As seguintes reflexões estudantis foram apresentadas pelos meus alunos como parte do Projecto Globais Histórias de Estudantes: Um Dia na Minha Vida: Viver sob a Pandemia da Covid-19. Os meus alunos estão ansiosos por ler as reflexões dos seus colegas de outras escolas jesuítas de todo o mundo.

Um dia na minha vida: Henrique, 17, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Portugal

As causas deste isolamento são terríveis, porque, infelizmente, morreram e morrem, pessoas todos os dias. Mas o isolamento em si, foi benéfico para mim, deu me tempo para refletir sobre muitas coisas.

Uma coisa é certa, e sempre foi, só damos valor a uma coisa quando não a temos. E esta quarentena foi prova disso. Para aqueles que não valorizavam o facto de poder sair de casa e ir apanhar ar para um parque verde, ou de estar com os amigos, agora passaram a valorizar. Pessoalmente, sempre dei valor a tudo, e sempre aproveitei cada segundo da minha vida, estivesse seja onde for, porque tenho noção da incerteza presente na nossa vida. Mas no geral penso que o isolamento fez bem àqueles que ainda não valorizavam isso.

Outro aspeto importante desta quarentena foi o impacto positivo que teve no ambiente.

A diminuição de tráfego;

O consumismo diminui, limitando se aos bens essenciais; Os aeroportos quase vazios, devido a diminuição de voos;

Tirando as casualidades causadas por esta pandemia, houveram vários aspetos positivos. Deu-nos tempo para refletir e agir em relação ao ambiente. Espero que com isto as pessoas tenham percebido que o aquecimento global é real, e que é por causa humana, e não de outra coisa.

 

Um dia na minha vida: Catarina, 16, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Portugal

O novo coronavírus chegou e em pouco tempo virou o mundo de pernas para o ar. Mesmo com o isolamento social e todos os danos daí resultantes, vivemos ainda na incerteza do que será este vírus no futuro e o que vai afetar a vida humana. Eu acredito que este se houver precaução não será necessário a prática da quarentena a esta dimensão, mas quais serão as medidas tomadas?

Em Portugal, já é permitido sair à rua com as devidas precauções, mas mesmo assim as minhas saídas que eram zero apenas mudaram para uma por semana. Tem sido um tempo difícil, já me cansei de todos os que lidam comigo 24h/7 dias por semana, parece que a nossa relação com os outros fica forçada e só estamos em casa a existir. A tentativa de ser produtiva e não preguiçosa é falhada quase sempre e acabo por chegar ao fim do dia ainda sem sono, pois nada do que fiz me cansou ou exercitou realmente.

Alguns dos meus amigos também pensam desta forma, mas de alguma forma comecei a ter noção do mundo em que vivemos, e de que tudo o que consideramos problemas fomos nós que criamos condições para os termos, e nós somos a única solução. Uma solução que comparada com esta pandemia levaria a uma grande mudança do nosso estilo de vida e valores que cada um carrega consigo.

Mas também é nos momentos mais difíceis que aprendemos a levantar-nos e a continuar o caminho, algo que nesta crise me ensinou é que a solidariedade e a cooperação entre as sociedades são as armas mais poderosas que existem contra o inimigo e que tudo isto aumenta o conforto e o bem-estar das pessoas.

 

Um dia na minha vida: Beatriz, 16, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Portugal

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Um dia na minha vida: Inês, 16, Instituto Nun’Alvres, Colégio das Caldinhas, Portugal